empréstimo

14 vias de Santa Maria receberam 8,5 km de asfalto em 9 meses

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Serviço ao longo de toda a Avenida Rio Branco teve um custo de R$ 1 milhão
 

Para que uma obra, seja ela em casa ou nas iniciativas pública e privada, saia do papel é preciso não só planejamento, mas, principalmente, dinheiro. Foi assim que, em 2018, a prefeitura de Santa Maria deu início à busca por um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal para viabilizar melhorias em vias (ruas e avenidas) historicamente precarizadas. E, ainda, em escala menor, atacar pontos deficitários da zona rural.

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Após passar pelo escrutínio da Caixa, a gestão de Jorge Pozzobom (PSDB) teve o aval para a liberação de R$ 28 milhões junto ao Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa). Depois disso, o passo seguinte foi a prefeitura fazer outro tema de casa - aí já na alçada política. Era necessária a autorização da Câmara de Vereadores para obter o empréstimo, o que veio após costura política.

Prefeitura terá mais R$ 2 milhões para asfaltar sete ruas da cidade

Superadas essas etapas, o dinheiro começou a ser liberado, no começo deste ano, e os primeiros serviços foram iniciados. Com as empresas contratadas, após processos licitatórios, várias frentes de trabalho tiveram início. O valor de R$ 28 milhões está fatiado em cinco parcelas de R$ 5,6 milhões cada. Até o momento, duas fatias foram liberadas, o que representa R$ 11,2 milhões. Até o mês passado, a administração municipal investiu R$ 10,3 milhões. O valor leva em conta desde a realização das obras à utilização de equipamentos e de material de consumo. 

CRONOGRAMA
Dentro do cronograma inicial, a prefeitura trabalha com a meta de fazer a recuperação de 34 vias. Esse número desmembrado engloba sete avenidas, 23 ruas, duas estradas rurais, um trevo e, por fim, uma rótula. 

Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, o engenheiro civil Francisco Severo, a ideia é que esse conjunto seja contemplado na totalidade. Ainda assim, é possível que nem todas recebam melhorias. Mas, em uma análise mais positiva, Severo avalia que, em se fazendo tudo que está previsto no cronograma, e havendo recursos para se avançar mais, outras vias podem receber o maquinário das empresas contratadas.

- À medida em que as obras avançam e os recursos são liberados, vamos dimensionando a meta inicialmente traçada. Dessa forma, vamos sabendo se, por exemplo, ficaremos no que foi previsto. Ou se há margem para avançarmos - pondera Severo. 

SALDO INICIAL
Desde o começo das obras, que se iniciaram em janeiro, já foram 8.560 metros de 14 vias recuperadas que receberam asfalto novo. Outra frente de trabalho que tem sido feita, neste período, é a colocação de pavimento com pedra irregular por calceteiros em nove ruas da cidade que não constam na lista do total de 34 vias.

Severo explica que ainda há outras 20 ruas que devem receber melhorias em até 18 meses, prazo quando se encerra a liberação de todas as cinco parcelas de R$ 5,6 milhões do Finisa.

Ao fim dos serviços do Finisa, a garantia contratual é que o asfalto novo tenha duração de cinco anos. Mas o secretário, por ser da área, avalia que a vida útil varie de oito a 10 anos. Os vilões do asfalto, cita, são os veículos de grande porte que circulam por dentro da cidade, além dos vazamentos de água e esgoto que acabam por contribuir para a deterioração do pavimento.

Financiamento não deixará a cidade um tapete, reconhece a prefeitura 
Ainda que o Finisa esteja na rua, ele não deve fazer das vias um tapete. Até porque o dinheiro não é o suficiente para tamanha recauchutagem. A informação é do próprio Executivo. Mas há uma chance de fazer mais. Isso pode ocorrer com o Avançar Cidades, programa da União, em que a prefeitura busca R$ 50 milhões. 

Em essa situação se concretizando, o que não há prazo para ocorrer, a prefeitura poderia recuperar até 65 vias. Mas não há nada de concreto. À frente dessas tratativas pela prefeitura, Alexandre Lima, afirma que, até o fim do ano, será dado o primeiro passo nesta longa caminhada, que é a abertura de processo licitatório para a elaboração de projetos de pavimentação asfáltica de vias das regiões leste, oeste, norte e sul da cidade. Nesta fase inicial, a empresa vencedora irá quantificar o número e o peso de veículos que passam por dia na rua; além de estudos complementares, etc.

A empresa que vencer o certame terá até nove meses para a produção dessas peças técnicas. Lima explica que, já a partir de 90 dias, a empresa poderá entregar os primeiros projetos. Com isso, a prefeitura já fica habilitada a buscar financiamento junto à União. Se espera obter o maior volume possível do montante de R$ 50 milhões, pondera Lima.

Em junho deste ano, a União liberou R$ 1,1 milhão para a prefeitura viabilizar o processo licitatório. Agora, o Executivo trabalha na finalização do chamado termo de referência (TR) que irá embasar o futuro edital, que sairá até dezembro.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)
Prefeitura projeta até o fim do ano abrir processo licitatório para colocação da capa asfáltica definitiva na Diácono João Luiz Pozzobon

Avenida Diácono João Luiz Pozzobon ainda não foi concluída 

Dentro do que a prefeitura traçou como prioridade - ao estabelecer como parâmetro vias precarizadas e com maior circulação de veículos e, claro, do transporte coletivo -, quem anda pela cidade já vê que ruas e avenidas foram alvo de intervenção. Até o momento, três avenidas estão totalmente recauchutadas. São elas: Nossa Senhora das Dores, Walter Jobim e Rio Branco que, juntas, receberam um aporte de R$ 4,1 milhões. Há, contudo, uma quarta que começou e parou. É a Avenida Diácono João Luiz Pozzobon. O secretário Francisco Severo explica o que houve neste caso:

- Foi feita, ali, a recuperação da pavimentação em ambos os sentidos da avenida. Falta, agora, a colocação da capa asfáltica em toda a extensão da Diácono. Para isso, será aberto um novo processo licitatório, o que irá ocorrer até o fim do ano. 

Severo explica que, até o momento, os maiores volumes de investimentos se deram junto à recuperação das avenidas. Na Walter Jobim foram investidos R$ 1,5 milhão. O valor leva em conta os serviços de topografia e de pavimentação. Já a Nossa Senhora das Dores consumiu R$ 1,2 milhão. A Rio Branco ficou bem próxima disso: R$ 1 milhão. E a Diácono João Luiz Pozzobon recebeu R$ 426,9 mil.

AINDA TEM MAIS
Na sequência, outras três avenidas serão recuperadas na totalidade: Presidente Vargas, Ângelo Bolson e Dois de Novembro. Também estão previstos serviços em trechos das avenidas Medianeira e Borges de Medeiros. 

Até o fim deste mês, a prefeitura irá lançar uma licitação, de R$ 3,3 milhões, para fazer a recuperação da pavimentação asfáltica de toda a Presidente Vargas e, ainda, das ruas Pinheiro Machado e José Bonifácio. Também nos planos da prefeitura está a intervenção ao longo de toda a Rua Serafim Valandro, que mais se parece com um queijo suíço.

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